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Os excessos de Elena: o ensaio e o devir mulher na obra de Petra Costa
Este artigo pretende problematizar como o devir feminino é trabalhado no documentário Elena (2012), de Petra Costa. O filme, de corte ensaístico e (auto)biográfico, almeja reflexionar sobre as agruras do processo de “vir a ser mulher”, lançando mão de diferentes matérias de expressão articuladas criticamente para tensionar padrões culturais de gênero violentos. Isso posto, objetiva-se analisar não apenas a obra em si, mas também discursos que a tangenciam. Investigarei como outras narrativas audiovisuais – especificamente um conjunto de treze vídeos divulgados nas redes oficiais do filme – extrapolam e excedem os conteúdos do documentário, exercendo uma função paratextual. Supõe-se que Elena, além de propor questões centrais à emancipação feminina, consegue potencializar, por meio dos seus “excessos”, sua própria circulação e mediação social.