AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE REMEDIAÇÃO EM ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETO

Com a formação dos grandes centros urbanos, grandes áreas industriais são criadas motivando interessantes incentivos econômicos, no entanto, tais crescimentos resultam em processos de degradação ambiental e impacto ambiental oriundo do uso excessivo dos recursos naturais e descarte irregular de resíduos. Diariamente, as indústrias de petróleo e derivados sofrem com problemas decorrentes de vazamentos, derrames e acidentes durante a exploração, refinamento, transporte, e operações de armazenamento. O presente trabalho tem como objetivo principal acompanhar uma metodologia de remediação de uma empresa “in situ” a fim de poder verificar e discutir a viabilidade do processo. No ano de 2007, a empresa através de uma investigação confirmatória de passivos ambientais, constatou por meio de poços de monitoramento, uma contaminação da água subterrânea (fase livre) por hidrocarboneto com espessura de aproximadamente 1 cm entre o evaporador e a casa da caldeira, bem como, fase dissolvida de Benzoapireno acima dos valores de intervenção para água subterrânea.  Executou-se então, um detalhamento da pluma de fase livre e posteriormente a instalação de poços de monitoramento na área em questão. Mediante a análise da pluma de contaminante optou-se por um processo de remediação do tipo bombeamento “Pump and Treat” associado a caixas separadoras de água e óleo, onde a água retirada é direcionada ao tratamento e o óleo acondicionado para um devido descarte. A maior espessura de fase livre foi constatada no poço PB-01 no mês de abril de 2009 obtendo significativa diminuição em sua espessura já a partir dos meses seguintes juntamente com outros poços como PM-3 e PB-02. Com a execução contínua do processo e o constante monitoramento pode-se observar uma diminuição gradativa na espessura de fase livre nos anos de 2010 e a partir do mês de fevereiro de 2011 a inexistência do contaminante gerando o encerramento do bombeamento e comprovando a eficiência do processo, porém, com contínuo monitoramento da área ao longo de dois anos de acordo com as normas.