“Vai comer no RU?”

Esse ensaio etnográfico respalda-se no trabalho de campo realizado no restaurante universitário do campus Santo André, da Universidade Federal do ABC (UFABC). Utilizando-me de um arcabouço conceitual da antropologia, composto em especial pelos conceitos do nativo etnógrafo e da etnografia urbana, procurei me debruçar sobre o que o RU de Santo André representa para os seus frequentadores e demais pessoas que compartilham esse espaço. Nesse sentido, me propus a observar de que modo os agrupamentos universitários são reconstituídos no seu interior, e quais seriam as características condicionantes do RU que balizam a interação das pessoas que compartilham esse espaço social. Por meio da realização de observações etnográficas e entrevistas semiestruturadas em campo, destacou-se a hipótese interpretativa de que os elementos arquitetônicos desse campo definem sua lógica processual própria, a qual, entrelaçando os contextos, interações, e relações sociais trazidos por seus frequentadores, promove uma expressividade única.