PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA RABDOMIÓLISE NO ESTADO DO AMAZONAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Introdução: A Rabdomiólise foi informada pela primeira vez na modernidade, durante a Segunda Guerra Mundial por Bywaters e Beall, sendo relacionada à traumas por esmagamento. É uma patologia clínico-laboratorial relacionada com a ruptura das fibras musculares que, como consequência, ocorre a liberação de substâncias presentes no interior das células musculares. Sua etiologia pode ocorrer de variadas circunstâncias como por exercícios físicos bruscos, traumas, fármacos e entre outros. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico da Rabdomiólise no Amazonas. Metodologia: Foi usado neste artigo o modelo de pesquisa revisão bibliográfica. Foram revisados Artigos sobre Rabdomiólise, além da observação de dados coletados e publicados em trabalhos acadêmicos, como Artigo Revisão e Casos Clínicos, publicados em revistas científicas como Scielo, Revista Faculdades do Saber, Acta Médica Portuguesa e Medicina Interna nos anos de 2002, 2004, 2006, 2014 e 2021. Todo trabalho foi realizado e focado no estado do Amazonas no período de Janeiro a Abril de 2022. Resultados: No estado do Amazonas foi evidenciado um crescimento dos casos de Rabdomiólise, constatando-se 54 novos casos da síndrome em 2021, atestando um óbito. Os índices se espalham pelos estados, mas possui concentração expressiva em Itacoatiara e Manaus. Nesse contexto, a doença de HAFF ainda tem sua etiologia incerta. Nesse sentido, baseado em literatura disponível, suspeita-se de toxina biológica termoestável ainda não catalogada até o presente estudo. Essa toxina está relacionada, principalmente, às causas da Rabdomiólise. Na maioria dos casos não ocorre desenvolvimento de sequelas, sobretudo, a função renal tem ótimo retorno quando ocorre tratamento precoce. Ademais, um relato de caso aponta um paciente obeso mórbido com paresia flácida nos membros superiores e inferiores e parestesia nas mãos e nos pés. Em relação aos aspectos clínicos, os pacientes mais apresentam mialgia, astenia, artralgia, oligúria, colúria, rigidez muscular, insuficiência renal aguda, mioglobinúria. Conclusão: Portanto, é indispensável as análises epidemiológica e de saúde coletiva, a fim de avaliar as consequências, para que, a partir disso, o entendimento sobre a Rabdomiólise, e a sua relação com a Doença de Haff, possa ser compreendida e atenuada.