A personalidade autoritária e a teoria da propaganda fascista nas reflexões de theodor adorno: uma leitura aproximativa

Entre 1946 e 1951, Theodor Adorno, tanto sozinho quanto com colegas, escreveu dois artigos seminais sobre a propaganda fascista, ao mesmo tempo em que trabalhava em uma ampla pesquisa empírica que apareceria, em 1950, com o nome de A personalidade autoritária. Este artigo propõe uma leitura aproximativa dessas obras no sentido de delinear três principais aspectos: 1. algumas das características de visão a respeito da propaganda fascista; 2. as condições em que alguém estaria mais propenso a aceitá-la; e 3. como os artigos sobre propaganda e o estudo empírico permitem esboçar um quadro mais amplo das ideias de Adorno sobre mídia, para além da noção conhecida de “indústria cultural”, e mostram uma preocupação mais profunda do filósofo com as características do público e a importância política da comunicação.