AUTOIMAGEM CORPORAL E ATITUDES NEGATIVAS SOBRE A OBESIDADE ENTRE UNIVERSITÁRIOS DE NUTRIÇÃO, ENFERMAGEM E FARMÁCIA

O preconceito relacionado ao peso e a autoimagem presente nos discursos dos estudantes e profissionais de saúde constitui-se como um grande entrave para as práticas de cuidado, uma vez que reflete em implicações negativas aos sujeitos. Desse modo, o presente estudo tem por objetivo analisar a autoimagem corporal e as atitudes negativas quanto a obesidade entre os universitários dos cursos de nutrição, enfermagem e farmácia de uma instituição pública. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Participaram 135 acadêmicos do Centro de Educação e Saúde, Cuité, Paraíba. Os principais instrumentos de coleta foram a Escala de Silhuetas Brasileira para adultos e a Escala de Atitudes Antiobesidade (AFAT). Dos entrevistados, 38,5% eram do curso nutrição, 32,6% de enfermagem e 28,9% de farmácia. Foram mais frequentes entre os estudantes nutrição, enfermagem e farmácia, nesta ordem, a insatisfação pela magreza e pelo excesso de peso. Quanto as atitudes negativas, entre todos os entrevistados, as médias mais altas foram sobre as crenças negativas e culpa ligadas aos sujeitos em condição de obesidade, principalmente entre os estudantes de enfermagem. As atitudes negativas na escala geral e nas dimensões ‘depreciação social e do caráter’ e ‘não atratividade física e romântica’ foram maiores entre os estudantes de nutrição.