Autismo e autonarrativas: cognição e subjetividade numa abordagem complexa

A presente pesquisa tem como objeto de estudo autonarrativas de três adolescentes diagnosticados com autismo. A base teórica apoia-se no Paradigma da Complexidade sistematizada por Edgar Morin para realizar uma abordagem complexa da realidade. Com essa intenção, usamos a Teoria da Biologia da Cognição de Humberto Maturana e Francisco Varela que assumem uma atitude complexa ao juntar biologia e cognição com ênfase na auto-produção. Como problema central temos a seguinte questão: o exercício das autonarrativas pode desencadear afecções cognitivas/subjetivas em adolescentes diagnosticados com autismo? O objetivo geral é compreender como acontecem as afecções cognitivas e subjetivas de adolescentes diagnosticados com autismo a partir de autonarrativas, bem como, de que maneira essas afecções. A pesquisa faz uma abordagem qualitativa e segue o método cartográfico, utilizando os instrumentos autonarrativas e oficinas. O tratamento das emergências acompanhou os seguintes marcadores: autopoiese, acoplamento estrutural e complexificação pelo ruído.