Influência da substituição da proteína animal na qualidade da água em viveiros do tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)

O crescimento da aquicultura como agroindústria e a intensificação de estratégias de produção condicionaram a busca por ingredientes de alta qualidade, por exemplo, a ração que é o insumo que representa o maior percentual individual de despesas. Na região amazônica o cultivo extensivo é visto como uma alternativa para famílias de baixa renda. Com isso, o enfoque do presente artigo é avaliar a qualidade da água em viveiros de cultivo de tambaqui, submetidos em três tratamentos de rações com substituições percentuais da ração comercial por uma proteína vegetal. O experimento foi desenvolvido em 182 dias em área de várzea na Comunidade de Estirão do Mamão em 2010, localizada no município de Moju - PA. Foram utilizados 500 alevinos estocados em 13 viveiros escavados com área de 50 m2, abastecidos individualmente com água proveniente do rio Moju, conforme o nível da maré com densidades de 1 peixe/m2. No decorrer do experimento, os peixes foram alimentados conforme os três tratamentos: I) 70% de ração comercial + 30% de massa de mandioca; II) 50% de ração comercial + 50% de massa de mandioca; III) 30% de ração comercial + 70% de massa de mandioca e o Testemunho com 100% ração comercial. Os tratamentos não tiveram uma influência no crescimento do peixe e na qualidade da água, no qual a variável com maior destaque foi à sazonalidade. Os parâmetros físicos e químicos, como a temperatura, o oxigênio dissolvido, CE e o pH tiveram uma relação com o desenvolvimento dos peixes. Os compostos nitrogenados não tiveram nem uma modificação ao longo do desenvolvimento e não influenciaram no desenvolvimento do peixe.