palavra de ordem é emagreça! O autocontrole e a autorregulação dos corpos dos sujeitos na revista AnaMaria

O presente artigo é um desdobramento de uma Dissertação de Mestrado já defendida e de um trabalho de doutoramento em andamento, vinculados ao PPGEdu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense. O estudo visa problematizar discursos acerca de questões relacionadas aos corpos, tensionando alguns ditos hegemônicos que reverberam pelos mais diversos ambientes de circulação social e que corroboram na fabricação de um padrão, que parece ser o modelo vigente na atualidade, onde os corpos “devem” ser magros, saudáveis, felizes, como prerrogativa de longevidade. Destacam-se, nessa investigação, questões relacionadas aos corpos dos sujeitos, compreendendo que são fabricados culturalmente e conduzidos através dos discursos que por eles perpassam. Compreende-se a mídia como uma pedagogia cultural, que fabrica sujeitos e subjetividades. Toma-se como corpus empírico algumas reportagens da seção “Dieta” da revista AnaMaria, uma mídia impressa de circulação semanal. O trabalho coloca sob suspeita algumas discursividades sobre questões relacionadas aos modos como são fabricados os corpos na contemporaneidade, compreendendo que há um processo de subjetivação operacionalizado pela mídia, através de uma interpelação sutil, porém convidativa, que atinge de modo potente diferentes sujeitos. O referencial teórico e metodológico toma alguns conceitos do filósofo Michel Foucault como ferramentas de análise.