Jainara Medina Teixeira, Karen de Oliveira dos Passos, Sheila Petry Rockenbach
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Resultados: Após analisados os protocolos constataram-se que a maioria era do sexo masculino com média de idade de 54,55 anos. Observou-se a predominância das seguintes comorbidades prévias de saúde: pneumonia, hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular encefálico isquêmico. Após o acompanhamento fonoaudiológico houve melhora da biomecânica da deglutição com mais pacientes apresentando deglutição funcional – um (0,9%) para 12 (10,5%), redução do número de sujeitos com disfagia grave – 32 (28,1%) para 17 (14,9%) e maior ingestão por via oral – 79 (69,3%) dos pacientes aumentaram o nível de ingestão oral conforme a escala FOIS. A maior parte da amostra apresentou boa tolerância à oclusão de traqueostomia e 60 (52,6%) progrediram para decanulação. Conclusão: A presença da traqueostomia impactou sobre a funcionalidade da deglutição, pois a maioria dos pacientes possuía algum grau de disfagia. 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Características de deglutição e ingestão oral pré e pós acompanhamento fonoaudiológico de pacientes traqueostomizados internados em um hospital universitário
Introdução: A traqueostomia pode impactar na deglutição e gerar alterações neurofisiológicas e mecânicas. Objetivo: Analisar a funcionalidade da deglutição em pacientes traqueostomizados internados em um hospital universitário, pré e pós intervenção fonoaudiológica por meio da análise de protocolos do serviço – Protocolo Adaptado (base na escala FOIS e Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia – PARD). Método: Estudo transversal, retrospectivo, analítico observacional, de abordagem quantitativa. Analisados 114 protocolos de avaliação da deglutição, verificou-se o grau de disfagia conforme a classificação de O’Neil e escala FOIS em um período de quatro anos. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (29894920.5.0000.5349). Resultados: Após analisados os protocolos constataram-se que a maioria era do sexo masculino com média de idade de 54,55 anos. Observou-se a predominância das seguintes comorbidades prévias de saúde: pneumonia, hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular encefálico isquêmico. Após o acompanhamento fonoaudiológico houve melhora da biomecânica da deglutição com mais pacientes apresentando deglutição funcional – um (0,9%) para 12 (10,5%), redução do número de sujeitos com disfagia grave – 32 (28,1%) para 17 (14,9%) e maior ingestão por via oral – 79 (69,3%) dos pacientes aumentaram o nível de ingestão oral conforme a escala FOIS. A maior parte da amostra apresentou boa tolerância à oclusão de traqueostomia e 60 (52,6%) progrediram para decanulação. Conclusão: A presença da traqueostomia impactou sobre a funcionalidade da deglutição, pois a maioria dos pacientes possuía algum grau de disfagia. Ressalta-se a importância da atuação fonoaudiológica no processo de reabilitação da deglutição, auxiliando no processo de decanulação.