Aplicação de geotecnologias ambientais para determinação dos focos de calor nas unidades de conservação estaduais do Maranhão de 2010 a 2019

As queimadas consistem em práticas oriundas das atividades agrossilvipastoris que são utilizadas de forma constante no Brasil e causam diversos impactos ambientais, tais como empobrecimento do solo, suscetibilidade à erosão e desertificação, prejuízos à dinâmica biológica, elevação do risco de extinção de espécies endêmicas e, consequentemente, desequilíbrio ecológico dos recursos naturais. O conhecimento da origem das práticas incorretas dos recursos florestais é de extrema importância à criação de planos de prevenção e combate ao fogo, uma vez que a preservação do meio ambiente se torna imprescindível à qualidade de vida. À vista disso, este trabalho objetivou analisar a ocorrência dos focos de calor em 12 Unidades de Conservação do Maranhão na temporalidade espacial de 2010 a 2019 (10 anos). A metodologia baseou-se em levantamento de dados de focos de queimadas fornecidos pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e no uso de ferramentas de geoprocessamento e de SIG (Sistema de Informações Geográficas) para a elaboração dos mapas. Através da pesquisa, no período analisado, notou-se que as três Unidades de Conservação mais atingidas por focos de calor são: APA de Upaon-Açú/ Miritiba/ Alto Preguiças, Parque Estadual do Mirador e APA da Baixada Maranhense, que possuem 7.532, 6.716 e 6.309, respectivamente. Por conseguinte, torna-se necessário o monitoramento constante de incêndios florestais em cada tipo de vegetação do país, em especial nas Unidades de Conservação, devido suas características intrínsecas, para a criação de políticas públicas de prevenção efetivas e melhor atuação de controle do fogo, garantindo segurança ao meio ambiente e à saúde da população.