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Abstract
O trabalho formal realizado nas atividades de servicos de limpeza esta aliado ao trabalho domestico que as mulheres exercem, tambem, em suas casas, configurando uma dupla ou tripla jornada que demarca fatores de exploracao e opressao tanto no âmbito publico, como no privado. A cor da pele conjunta a divisao sexual do trabalho, se mostra uma variavel determinante no papel que as mulheres negras ocupam no mercado de trabalho. Este espaco e seletivo e limitado por conta de uma sociedade machista e racista. O objetivo da pesquisa foi caracterizar o perfil das trabalhadoras na area da limpeza em uma Instituicao de Ensino Superior (IES) do municipio de Rio Grande, localizado no sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul (RS), considerando situacoes de opressao, exploracao e resistencia no âmbito laboral. O estudo coletou dados sobre o trabalho feminino no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e realizou entrevistas com cinco trabalhadoras negras. Os dados empiricos quantitativos e qualitativos coletados e iluminados atraves de categorias feministas interseccionadas (genero, raca e classe), possibilitou evidenciar uma realidade em que as mulheres negras ainda trabalham nos setores economicos com baixos salarios e prestigio social, consequencia do longo periodo escravocrata brasileiro, mesclado com o racismo e o machismo contemporâneo. Esta condicao social e economica impoe dificuldades de resistencia individual ou coletiva, limitando o acesso e a permanencia em empregos que possibilitariam melhores condicoes de vida a estas mulheres.