{"title":"BACURI: O MERCADO DO FRUTO QUE SIMBOLIZA O EXTRATIVISMO SUL-MARANHENSE, NO BRASIL","authors":"Tayline Walverde Bispo, Camila Lago Braga, Cristiane Cavalcante Lima, Stalys Ferreira Rocha","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6730","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O bacuri (Platonia insignis Mart.) é o fruto do bacurizeiro, uma planta arbórea, tipicamente encontrada na região da Amazônia Oriental, mas que também está presente nas áreas de transição do bioma Cerrado. Esse fruto possui grandes potencialidades de acesso aos mercados e geração de renda, além de poder ser utilizado na regeneração de áreas degradadas. O presente artigo tem como objetivo analisar o mercado do bacuri sul-maranhense à luz da Nova Sociologia Econômica (NSE). Esse estudo teve caráter descritivo, cujas ferramentas de análise foram levantamento bibliográfico, pesquisa documental e entrevista. A investigação foi realizada entre os anos de 2018 e 2019 nos municípios de Carolina e São Raimundo das Mangabeiras, ambos localizados no sul do Maranhão. A NSE redimensiona o foco de análise para mais bem compreender os mercados dinâmicos, alternativos e inovadores. Essa abordagem teórica possibilitou entender que as relações econômicas entre os agentes estão inseridas em um contexto social e político influenciado pela ação do Estado e por normas legais, morais e éticas. O bacuri é um fruto muito importante para a economia local dos municípios analisados. Apesar do referido mercado estar na informalidade, o bacuri é gerador de renda e de desenvolvimento das populações agroextrativistas. A maior parte dos frutos coletados é destinada para outras cidades por intermédio de atravessadores locais sob a encomenda de agroindústrias processadoras de polpas de frutas. Conclui-se que a base do mercado do bacuri é a confiança entre o agroextrativista e o atravessador, que ocupa o lugar de principal articulador local.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Grifos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6730","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O bacuri (Platonia insignis Mart.) é o fruto do bacurizeiro, uma planta arbórea, tipicamente encontrada na região da Amazônia Oriental, mas que também está presente nas áreas de transição do bioma Cerrado. Esse fruto possui grandes potencialidades de acesso aos mercados e geração de renda, além de poder ser utilizado na regeneração de áreas degradadas. O presente artigo tem como objetivo analisar o mercado do bacuri sul-maranhense à luz da Nova Sociologia Econômica (NSE). Esse estudo teve caráter descritivo, cujas ferramentas de análise foram levantamento bibliográfico, pesquisa documental e entrevista. A investigação foi realizada entre os anos de 2018 e 2019 nos municípios de Carolina e São Raimundo das Mangabeiras, ambos localizados no sul do Maranhão. A NSE redimensiona o foco de análise para mais bem compreender os mercados dinâmicos, alternativos e inovadores. Essa abordagem teórica possibilitou entender que as relações econômicas entre os agentes estão inseridas em um contexto social e político influenciado pela ação do Estado e por normas legais, morais e éticas. O bacuri é um fruto muito importante para a economia local dos municípios analisados. Apesar do referido mercado estar na informalidade, o bacuri é gerador de renda e de desenvolvimento das populações agroextrativistas. A maior parte dos frutos coletados é destinada para outras cidades por intermédio de atravessadores locais sob a encomenda de agroindústrias processadoras de polpas de frutas. Conclui-se que a base do mercado do bacuri é a confiança entre o agroextrativista e o atravessador, que ocupa o lugar de principal articulador local.