O ENFRENTAMENTO DOS DESAFIOS TRAZIDOS PELA PANDEMIA DA COVID-19 NOS CUIDADOS PALIATIVOS

Abstract

Introdução: Devido à atual situação pandêmica provocada pelo SARS-CoV-2, nota-se um aumento da demanda por Cuidados Paliativos em diversos contextos clínicos. Aliado às orientações de isolamento e às precauções mais restritivas de acesso hospitalar para pacientes com doenças graves, o acompanhamento de pacientes com condições potencialmente terminais tornou-se um desafio. Observa-se, portanto, a necessidade de implantação de novas estratégias para o acompanhamento desses pacientes. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura reconhecendo as principais estratégias para enfrentar os desafios trazidos da pandemia da COVID-19 para os cuidados paliativos. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura a partir da análise de vinte (20) publicações científicas publicadas entre 2020 e 2021. Destes, foram selecionadas nove (9), na base de dados do PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “COVID-19'', ''Palliative Care” e “Oncology”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Diante da sobrecarga dos Sistemas de Saúde e das orientações de isolamento impostas pelo risco de adoecimento pelo SARS-CoV-2, as equipes de saúde foram levadas a desenvolver estratégias alternativas para atender a demanda por Cuidados Paliativos, equilibrando o cuidado com o risco de exposição, principalmente para pacientes oncológicos, visto que estes conferem grupo de risco e frequentemente necessitam de suporte hospitalar. Nesse sentido, a principal estratégia identificada é baseada na triagem por meio do uso da telemedicina estruturada. Entretanto, os maiores desafios são alcançar as pessoas com dificuldade de acesso a tecnologias, bem como a falta de recursos humanos e de evidências científicas. Conclusão: É irrefutável que o modelo da assistência prestada aos pacientes em cuidados paliativos oncológicos necessita ser modificado em virtude da pandemia. Conseguinte, apesar das novas estratégias configuradas, o alcance da maior parte das pessoas em cuidados paliativos oncológicos ainda é uma barreira a ser vencida