{"title":"Educação escolar indígena e reprodução ampliada do capital à luz de Rosa Luxemburgo","authors":"G. C. L. Rodrigues","doi":"10.20396/rho.v22i00.8667494","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apresentamos um exame da relação entre o modo de produção capitalista e a implantação de educação escolar em comunidades indígenas tendo em vista projetar elementos que relacione essa implantação com a facilitação da incorporação dos recursos naturais e humanos dessas sociedades à dinâmica de acumulação ampliada do capital. Nossa hipótese é que tal introdução altera relações sociais estabelecidas na experiência histórica com base no comunitarismo e coletivismo ao implantar, no interior dessas sociedades, relações fundamentais do modo de produção capitalista. Examinamos a hipótese à luz do que Rosa Luxemburgo (1985) chamou “[...] a luta do capital contra a economia natural.” Empregamos esse arcabouço analítico em três escolas, território e comunidades indígenas do entorno da cidade de Santarém-PA. Os dados apontaram contradição na escolarização na medida em que, por um lado, induz à formação para o trabalho assalariado, gestão empresarial e transmissão de saberes eurocentrados, mas, de outro, desvelam-se reelaborações na atividade escolar que fortalece, valoriza e amplia a transmissão de saberes tradicionais e de línguas indígenas “nativas”.","PeriodicalId":262871,"journal":{"name":"Revista HISTEDBR On-line","volume":"167 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista HISTEDBR On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/rho.v22i00.8667494","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Apresentamos um exame da relação entre o modo de produção capitalista e a implantação de educação escolar em comunidades indígenas tendo em vista projetar elementos que relacione essa implantação com a facilitação da incorporação dos recursos naturais e humanos dessas sociedades à dinâmica de acumulação ampliada do capital. Nossa hipótese é que tal introdução altera relações sociais estabelecidas na experiência histórica com base no comunitarismo e coletivismo ao implantar, no interior dessas sociedades, relações fundamentais do modo de produção capitalista. Examinamos a hipótese à luz do que Rosa Luxemburgo (1985) chamou “[...] a luta do capital contra a economia natural.” Empregamos esse arcabouço analítico em três escolas, território e comunidades indígenas do entorno da cidade de Santarém-PA. Os dados apontaram contradição na escolarização na medida em que, por um lado, induz à formação para o trabalho assalariado, gestão empresarial e transmissão de saberes eurocentrados, mas, de outro, desvelam-se reelaborações na atividade escolar que fortalece, valoriza e amplia a transmissão de saberes tradicionais e de línguas indígenas “nativas”.