{"title":"Tocar o Futuro em seu Lado de Cá: tradução em Sandra Mara Corazza","authors":"C. J. D. Costa","doi":"10.1590/2175-6236124432vs01","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Na geografia do pensamento de Sandra Mara Corazza, a tradução constitui um entre-lugar de apropriação e recuperação poética da tradição. Estruturada desde Walter Benjamin, Paul Valéry, Jacques Derrida, Haroldo de Campos, entre outros, a noção é um desdobramento crítico da escrileitura, neologismo que nomeia um modo transcriador de ler e reescrever elementos originais científicos, filosóficos, artísticos, na língua curricular e didática. O vínculo entre tradução e escrileitura se estabelece por montagens alegóricas de diferentes tempos e usos do signo na operação do texto e ocasião da aula. Esse saber-fazer peculiar, chamado didática-artista da tradução, sugere uma imagem docente sempre em via de fazer-se, continuamente reimaginada pelo presente da criação. Assim como as matérias de seu ofício, a didática-artista vive e adquire mais vida em transcriação, condição que faz de seu dever-traduzir um compromisso ético e político de diferenciar, diferenciando-se. Na vida/obra de Sandra, o encontro contém a ruptura, um modo de tocar o futuro em seu lado de cá.","PeriodicalId":273710,"journal":{"name":"Educação & Realidade","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educação & Realidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2175-6236124432vs01","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
RESUMO Na geografia do pensamento de Sandra Mara Corazza, a tradução constitui um entre-lugar de apropriação e recuperação poética da tradição. Estruturada desde Walter Benjamin, Paul Valéry, Jacques Derrida, Haroldo de Campos, entre outros, a noção é um desdobramento crítico da escrileitura, neologismo que nomeia um modo transcriador de ler e reescrever elementos originais científicos, filosóficos, artísticos, na língua curricular e didática. O vínculo entre tradução e escrileitura se estabelece por montagens alegóricas de diferentes tempos e usos do signo na operação do texto e ocasião da aula. Esse saber-fazer peculiar, chamado didática-artista da tradução, sugere uma imagem docente sempre em via de fazer-se, continuamente reimaginada pelo presente da criação. Assim como as matérias de seu ofício, a didática-artista vive e adquire mais vida em transcriação, condição que faz de seu dever-traduzir um compromisso ético e político de diferenciar, diferenciando-se. Na vida/obra de Sandra, o encontro contém a ruptura, um modo de tocar o futuro em seu lado de cá.