{"title":"“Seja homem” a narrativa, seja homem, e sua influência na subjetividade masculina","authors":"Thais Tatiane Stela Beal, Cláudia Silva Mário, Sandra Cristine Machado Mosello, Juliane Pereira Vieira, Rosilene Monteiro Da Silva","doi":"10.35168/2176-896X.UTP.TUIUTI.2021.VOL7.N62.PP98-120","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os discursos sobre as subjetividades relacionadas ao gênero são recorrentes na sociedade e na esfera acadêmica. Sendo impossível abarcar o todo, esta pesquisa trabalhou com um recorte de realidade. Neste momento nos debruçamos sobre o universo masculino, com o objetivo geral de compreender como a narrativa, “seja homem”, sendo uma frase tão popularizada em diferentes meios sociais, pode produzir efeitos na subjetividade masculina. Após a análise das coletas de dados sobre um olhar psicanalítico, as falas dos entrevistados fizeram emergir algumas categorias que nortearam a análise dos conteúdos, sendo elas: Inscrição Cultural, Ser Homem, Representação Fálica, Representação do Feminino, Divisão de Tarefas e Sexualidade. O estudo permitiu verificar, que mesmo em 2020, ainda encontramos indícios do machismo estrutural, hoje também reconhecido como algo prejudicial ao próprio homem, que se constituiu pela masculinidade tóxica. Ouvir sobre o peso que a narrativa “seja homem” e os seus desdobramentos, afeta a cada um, nos possibilitou a reflexão sobre essa condição do ser homem em nossa cultura. Conclui-se que mesmo sendo um assunto que vem ganhando espaço e corpo nas discussões em diferentes áreas do conhecimento, percebe-se ainda que muitas vezes surge a partir de uma reivindicação feminina, que busca equidade. Existe vontade de mudança, a busca por um novo padrão de masculinidade emerge a cada conversa e a cada discussão possibilitada na sociedade, visto que muitos homens se sentem convocados a avaliar o que escutam sobre como poderiam ser, e sentem-se impulsionados a mudanças.","PeriodicalId":114623,"journal":{"name":"TUIUTI: CIÊNCIA E CULTURA","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"TUIUTI: CIÊNCIA E CULTURA","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35168/2176-896X.UTP.TUIUTI.2021.VOL7.N62.PP98-120","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os discursos sobre as subjetividades relacionadas ao gênero são recorrentes na sociedade e na esfera acadêmica. Sendo impossível abarcar o todo, esta pesquisa trabalhou com um recorte de realidade. Neste momento nos debruçamos sobre o universo masculino, com o objetivo geral de compreender como a narrativa, “seja homem”, sendo uma frase tão popularizada em diferentes meios sociais, pode produzir efeitos na subjetividade masculina. Após a análise das coletas de dados sobre um olhar psicanalítico, as falas dos entrevistados fizeram emergir algumas categorias que nortearam a análise dos conteúdos, sendo elas: Inscrição Cultural, Ser Homem, Representação Fálica, Representação do Feminino, Divisão de Tarefas e Sexualidade. O estudo permitiu verificar, que mesmo em 2020, ainda encontramos indícios do machismo estrutural, hoje também reconhecido como algo prejudicial ao próprio homem, que se constituiu pela masculinidade tóxica. Ouvir sobre o peso que a narrativa “seja homem” e os seus desdobramentos, afeta a cada um, nos possibilitou a reflexão sobre essa condição do ser homem em nossa cultura. Conclui-se que mesmo sendo um assunto que vem ganhando espaço e corpo nas discussões em diferentes áreas do conhecimento, percebe-se ainda que muitas vezes surge a partir de uma reivindicação feminina, que busca equidade. Existe vontade de mudança, a busca por um novo padrão de masculinidade emerge a cada conversa e a cada discussão possibilitada na sociedade, visto que muitos homens se sentem convocados a avaliar o que escutam sobre como poderiam ser, e sentem-se impulsionados a mudanças.