{"title":"A CONFORMAÇÃO DE ADEPTOS DA “GESTÃO SUSTENTÁVEL”:investigando a “turma da sustentabilidade” da FGV-EAESP","authors":"B. Barreiros","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37761","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ancorando-se nos aportes da praxeologia bourdieusiana e do institucionalismo sociológico, este trabalho investiga \ncomo a FGV-EAESP forma profissionais adeptos do modelo sustentável de gestão. A análise se concentra na \nprincipal disciplina sobre o modelo sustentável voltada a alunos dos cursos de graduação: a Formação Integrada \npara a Sustentabilidade (o “FIS”). Para tanto, um conjunto de métodos e técnicas foi empregado: a) observação \nparticipante; b) pesquisa documental; c) entrevistas em profundidade com ex-alunos do FIS e com docentes da \nescola vinculados ao tema da sustentabilidade; d) análise de vídeos sobre o FIS e de fotografias das atividades do \ncurso. A análise sociogenética do FIS mostra que o curso emerge de um processo de divergências e convergências \nentre os diversos tipos de agentes que participam da escola de negócios, bem como de três fatores influenciadores \ndiretamente relevantes: 1) as relações da FGV com seus parceiros empresariais e suas demandas; 2) as prescrições \nnormativas da ONU; 3) uma comunidade acadêmica internacional que reivindica a favor do desenvolvimento \nsustentável. O FIS se constitui como um ambiente que favorece a modelagem, por meio de táticas heterodoxas \nde ensino gerencial, de um tipo de gestor considerado como “novo” e “diferente”, que no espaço empresarial \nbrasileiro tem sido chamado de “líder sustentável” ou de “gestor que adere à sustentabilidade”. A análise deste caso \ncontribui para entender a construção social do tipo de agente que simboliza a cada vez mais avançada instituição \nda Sustentabilidade Empresarial no Brasil. \nPalavras-chave: Sustentabilidade Empresarial. Escolas de Negócios. Institucionalização. Sociologia Econômica.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"110 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37761","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Ancorando-se nos aportes da praxeologia bourdieusiana e do institucionalismo sociológico, este trabalho investiga
como a FGV-EAESP forma profissionais adeptos do modelo sustentável de gestão. A análise se concentra na
principal disciplina sobre o modelo sustentável voltada a alunos dos cursos de graduação: a Formação Integrada
para a Sustentabilidade (o “FIS”). Para tanto, um conjunto de métodos e técnicas foi empregado: a) observação
participante; b) pesquisa documental; c) entrevistas em profundidade com ex-alunos do FIS e com docentes da
escola vinculados ao tema da sustentabilidade; d) análise de vídeos sobre o FIS e de fotografias das atividades do
curso. A análise sociogenética do FIS mostra que o curso emerge de um processo de divergências e convergências
entre os diversos tipos de agentes que participam da escola de negócios, bem como de três fatores influenciadores
diretamente relevantes: 1) as relações da FGV com seus parceiros empresariais e suas demandas; 2) as prescrições
normativas da ONU; 3) uma comunidade acadêmica internacional que reivindica a favor do desenvolvimento
sustentável. O FIS se constitui como um ambiente que favorece a modelagem, por meio de táticas heterodoxas
de ensino gerencial, de um tipo de gestor considerado como “novo” e “diferente”, que no espaço empresarial
brasileiro tem sido chamado de “líder sustentável” ou de “gestor que adere à sustentabilidade”. A análise deste caso
contribui para entender a construção social do tipo de agente que simboliza a cada vez mais avançada instituição
da Sustentabilidade Empresarial no Brasil.
Palavras-chave: Sustentabilidade Empresarial. Escolas de Negócios. Institucionalização. Sociologia Econômica.