C. Crema, Eduardo Hummelgen, Luana Cristina Basso Demogalski, Luma Cardoso, C. Bauer, Renato Nickel
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Abstract
Apesar de atingirem padrões de alta clínica, pacientes com COVID-19 não retomam as atividades cotidianas devido à incapacidade, sendo o processo de reabilitação de interesse dos serviços de saúde e sociedade. Objetivos: Descrever o nível de funcionalidade do paciente pós-Covid-19 e resultados de um processo de reabilitação multidisciplinar. Métodos: Estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa, relativo à avaliação das demandas e processo de reabilitação interdisciplinar. Resultados: 22 pacientes participaram do estudo, idade 48,46 anos (±12,63), 50% homens, sendo que 81,8% apresentavam comorbidades e 95,5% sobrepeso ou algum grau de obesidade. Todos apresentaram diminuição na QV (SF36) e não alcançaram a distância média esperada para o teste de 6 minutos, 20 pacientes apresentaram dispnéia para realizar as atividades cotidianas e 21 apresentaram limitação na Escala de Status Funcional Pós-Covide19 (PCSF). O resultado do processo de reabilitação com 20 pacientes, mostrou na comparação antes e depois, diferenças significativas na força muscular (,000) PeakFlow Meter (,000), Berg (,000), Barthel (,001), teste 6 minutos para freqüência cardíaca (,002) e distância percorrida (,000). Na SF-36 para os domínios de Estado Geral da saúde (, 058) e Aspectos Emocionais (0,194) a diferença não foi significativa. Para as variáveis ordinais houve diferença significativa para PCSF (,000) e dispnéia (,000). Conclusão: O estudo aponta que a incapacidade do paciente teve maior correlação na entrada do serviço com o tempo de internação e que um processo de reabilitação interdisciplinar melhora na funcionalidade e QV do paciente com sequelas de Covid-19.