{"title":"INTERSECCIONALIDADE ENTRE GÊNERO, CLASSE E DIAGNÓSTICO: PRÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NO CAPS","authors":"Andressa Silveira Quintana Diemer, Murilo Cavagnoli","doi":"10.22295/grifos.v31i55.6062","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pautando-se na construção da loucura e dos métodos de tratamento e atenção à saúde mental, discute-se neste trabalho como o gênero está interseccionado aos marcadores sociais da diferença de classe e diagnóstico no processo de construção social da normalidade em saúde mental e, por consequência, dos tratamentos em um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS II. Analisamos, neste contexto, como a intersecção entre tais marcadores sociais produz subjetividades e identidades na relação com a instituição. Utilizando-se da Análise do Discurso Dialógico do Círculo de Bakhtin, do feminismo interseccional, de análises históricas sobre processos patológicos, e registros documentais, investiga-se o assujeitamento e despotencialização política de sujeitos, que destituem a ideia de uma mulher diversa, assim como resultam na perpetuação dos modelos históricos constituídos pelo patriarcado e pela psiquiatria tradicional, que permanecem gerando opressão e discriminação de minorias, principalmente quando a psiquiatria captura os processos de tratamento restringindo-o ao biomédico, e desconsidera as dimensões sociais que envolvem a subjetividade.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Grifos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i55.6062","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Pautando-se na construção da loucura e dos métodos de tratamento e atenção à saúde mental, discute-se neste trabalho como o gênero está interseccionado aos marcadores sociais da diferença de classe e diagnóstico no processo de construção social da normalidade em saúde mental e, por consequência, dos tratamentos em um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS II. Analisamos, neste contexto, como a intersecção entre tais marcadores sociais produz subjetividades e identidades na relação com a instituição. Utilizando-se da Análise do Discurso Dialógico do Círculo de Bakhtin, do feminismo interseccional, de análises históricas sobre processos patológicos, e registros documentais, investiga-se o assujeitamento e despotencialização política de sujeitos, que destituem a ideia de uma mulher diversa, assim como resultam na perpetuação dos modelos históricos constituídos pelo patriarcado e pela psiquiatria tradicional, que permanecem gerando opressão e discriminação de minorias, principalmente quando a psiquiatria captura os processos de tratamento restringindo-o ao biomédico, e desconsidera as dimensões sociais que envolvem a subjetividade.