Felipe Rodrigues Cruz, Ana Clara de Souza Paiva, J. Cunha, João Estevão Barbosa Neto
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Abstract
A evasão fiscal é um problema comportamental que ameaça a capacidade do governo de levantar receitas. Porém, ainda são poucos os trabalhos que examinam a não-conformidade com as obrigações tributárias sob um olhar ético. Na literatura sobre o tema, emergiram três visões relacionadas à ética da evasão fiscal. A primeira assume que a evasão nunca é ética. A segunda assume que a evasão é sempre ou quase sempre ética. A terceira visão está associada à noção de que a evasão não é absolutamente antiética. Nesse sentido, o presente trabalho teve por objetivo investigar como 195 estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia de Universidades Federais de Minas Gerais se posicionam em relação a essas três visões, partindo do modelo de McGee, Ho e Li (2008), que apresenta 15 afirmações sobre a evasão fiscal. Os estudantes foram classificados de acordo com sua visão por meio de uma análise de cluster e analisaram-se as associações de variáveis como idade, sexo, etc. com cada um dos grupos formados. Após a realização de uma análise de cluster, constatou-se que a maioria dos estudantes foi posicionada no grupo que considera a evasão como sempre antiética, enquanto a menor parte considera a evasão como ética. Constatou-se que as mulheres são menos propensas à evasão fiscal e que indivíduos de maiores faixas de idade são menos propensos a enxergar a evasão como ética. Em relação aos cursos, percebeu-se que os alunos de Ciências Contábeis são menos propensos à evasão fiscal em relação aos alunos dos cursos de Administração e Ciências Econômicas. Por fim, sintetizaram-se as visões de cada um dos grupos por meio da análise do Discurso do Sujeito Coletivo.