Giovanna Melo de Carvalho, Julia Calvi Mori, Débora de Melo Gonçales Sant’Ana, Gessilda de Alcantara Nogueira de Melo, J. C. Rinaldi
{"title":"AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA PIRIMETAMINA E DA ECHINACEA PURPUREA SOBRE O COLÁGENO DA PRÓSTATA DE RATOS COM INFECÇÃO POR T. GONDII CEPA RH","authors":"Giovanna Melo de Carvalho, Julia Calvi Mori, Débora de Melo Gonçales Sant’Ana, Gessilda de Alcantara Nogueira de Melo, J. C. Rinaldi","doi":"10.51161/rems/3312","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O tratamento padrão da toxoplasmose é a Pirimetamina, apesar de levar à resistência de algumas cepas de Toxoplasma gondii. Tanto os efeitos deste tratamento bem como do parasito nos órgãos do sistema reprodutor masculino são pouco conhecidos. Objetivo: Estudar o efeito da Pirimetamina e da Echinacea purpurea sobre a distribuição das fibras colágenas tipo I e III da próstata de ratos infectados com T. gondii (cepa RH genótipo I). Material e métodos: 37 ratos machos (CEUA/UEM-protocolo:7633021018) com 33 dias foram distribuídos em: Grupo controle (GC); Grupo infectado (GI); GC e GI tratados com pirimetamina (GCP e GIP); GC e GI tratados com Echinacea purpurea (GCEP e GIEP). Os animais infectados receberam 500 oocistos esporulados de T. gondii por gavagem. O tratamento via oral com 100mg/kg de E. purpurea ocorreu diariamente por 28 dias antes e após a infecção. O tratamento por via oral com 12,5mg/kg de pirimetamina ocorreu diariamente por 28 dias após a infecção. Após, os animais foram eutanasiados, a próstata ventral foi coletada e processada histologicamente. Cortes de 5 µm foram corados com Picrosirius-red para visualizar a deposição de fibras colágenas tipo I e III através de microscopia óptica associada ao polarizador de luz. A quantificação ocorreu via software Image-Pro Plus® e a análise estatística por teste Anova (p<0,05). Resultados: Avaliando a morfologia glandular observou-se organização glandular semelhante entre os grupos. As fibras colágenas do tipo I e tipo III apresentaram-se dispersas no estroma entre os compartimentos epiteliais. O tratamento com a E. purpurea não alterou a quantificação de colágeno. Contudo, a pirimetamina aumentou a presença das fibras do tipo I mostrando diferença significativa no GIP em relação a GI (p=0,039). Conclusão: Nesse modelo experimental, a infecção com 500 oocistos de Toxoplasma gondii e o tratamento feito com Echinacea purpurea não alteram a proporção de fibras colágenas no compartimento estromal ao passo que a pirimetamina levou a fibrose na próstata ventral dos ratos portadores do T. gondii.","PeriodicalId":247685,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/rems/3312","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: O tratamento padrão da toxoplasmose é a Pirimetamina, apesar de levar à resistência de algumas cepas de Toxoplasma gondii. Tanto os efeitos deste tratamento bem como do parasito nos órgãos do sistema reprodutor masculino são pouco conhecidos. Objetivo: Estudar o efeito da Pirimetamina e da Echinacea purpurea sobre a distribuição das fibras colágenas tipo I e III da próstata de ratos infectados com T. gondii (cepa RH genótipo I). Material e métodos: 37 ratos machos (CEUA/UEM-protocolo:7633021018) com 33 dias foram distribuídos em: Grupo controle (GC); Grupo infectado (GI); GC e GI tratados com pirimetamina (GCP e GIP); GC e GI tratados com Echinacea purpurea (GCEP e GIEP). Os animais infectados receberam 500 oocistos esporulados de T. gondii por gavagem. O tratamento via oral com 100mg/kg de E. purpurea ocorreu diariamente por 28 dias antes e após a infecção. O tratamento por via oral com 12,5mg/kg de pirimetamina ocorreu diariamente por 28 dias após a infecção. Após, os animais foram eutanasiados, a próstata ventral foi coletada e processada histologicamente. Cortes de 5 µm foram corados com Picrosirius-red para visualizar a deposição de fibras colágenas tipo I e III através de microscopia óptica associada ao polarizador de luz. A quantificação ocorreu via software Image-Pro Plus® e a análise estatística por teste Anova (p<0,05). Resultados: Avaliando a morfologia glandular observou-se organização glandular semelhante entre os grupos. As fibras colágenas do tipo I e tipo III apresentaram-se dispersas no estroma entre os compartimentos epiteliais. O tratamento com a E. purpurea não alterou a quantificação de colágeno. Contudo, a pirimetamina aumentou a presença das fibras do tipo I mostrando diferença significativa no GIP em relação a GI (p=0,039). Conclusão: Nesse modelo experimental, a infecção com 500 oocistos de Toxoplasma gondii e o tratamento feito com Echinacea purpurea não alteram a proporção de fibras colágenas no compartimento estromal ao passo que a pirimetamina levou a fibrose na próstata ventral dos ratos portadores do T. gondii.