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Abstract
O surgimento das comissões da verdade no Brasil representou a possibilidade de aprofundar as reflexões sobre como lidar efetivamente com o legado das violações de direitos humanos perpetradas durante a ditadura civil-militar. Contudo, no contexto seguinte ao término das atividades de tais órgãos, houve o fortalecimento de grupos de extrema-direita no país e a consequente eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da República em 2018. Desde então, o político abertamente saudosista da ditadura buscou disputar os sentidos desse passado na esfera pública e converteu seu posicionamento pessoal sobre o assunto em práticas administrativas durante sua gestão. Pretende-se demonstrar como esse processo de atualização dos conflitos de memória sobre o passado ditatorial pode ser notado a partir da temática dos lugares de memória e das comemorações relativas ao golpe de 1964 no tempo presente.