Renan Cintra Villaça, Heloisa Geovana Guedes, B. E. Borges
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Abstract
Introdução: A Aflatoxina B1 (AB1) é uma micotoxina produzida pelos fungos da espécie Aspergillus flavus, os quais se desenvolvem em cultivos e alimentos armazenados. O consumo de produtos agrícolas contaminados com essas toxinas é considerado um importante fator de risco para o câncer hepático em seres humanos. Após a ingestão, a AB1 se concentra na membrana dos hepatócitos e sofre bioativação ao ser transformada em um pró-carcinógeno, denominado AFB1- epóxido, configurando-se como uma grande preocupação à saúde pública e economia mundial. Objetivo: Descrever a ocorrência de carcinoma hepático desencadeado por Aflatoxina presente em alimentos. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico baseada nos termos “Aflatoxin” e “Hepatic tumors” em inglês e português. Resultados: A ingestão de Aflatoxina B1, de forma moderada e crônica, contribui para o desencadeamento de carcinoma hepatocelular, com prevalência em países emergentes, como o Brasil. O desenvolvimento desta micotoxina em alimentos é oportunizado pela proliferação de Aspergillus flavus, fungos de alta toxicidade, devido a condições biologicamente favoráveis para esse processo durante as etapas de cultivo, colheita, armazenamento e transporte de produtos agrícolas. A literatura relata que o composto, AFB1 - epóxido, resultante da biotransformação da AB1 no fígado, se liga ao DNA e desencadeia efeitos mutagênicos e carcinogênicos nesse tecido. Esses efeitos atuam na destruição do gene supressor de tumores p53, o qual passa a acelerar a proliferação das células ao perder a função de regular a duplicação celular, desencadeando um câncer hepático. Conclusão: É fundamental o cumprimento do Manual de Boas Práticas Agrícolas a fim de garantir a produção de alimentos isentos de metabólico tóxico proveniente do fungo Aspergillus flavus, reduzindo a incidência de câncer hepático.