{"title":"CENAS DO SERTÃO: TESTEMUNHO DO SAGRADO EM “O LIVRO DOS HOMENS” DE RONALDO CORREIA DE BRITO","authors":"F. Rodrigues","doi":"10.18224/cam.v20i2.12499","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo investiga o sagrado na obra “O Livro dos Homens”, de Ronaldo Correia de Brito, a partir do universo simbólico que, embora criado pelo humano, compõe-se de determinadas máximas populares que fornecem sentido à existência. Destacam-se as correlações epistemológicas entre sagrado e literatura, principalmente, na perspectiva dos espaços em que os contos são narrados através do sertão, assim como a partir da cronotopia particularmente brasileira cheia de tradições, imaginários e acervos dentro da literatura brasileira. A multiplicidade de significados de “O Livro dos homens” define a natureza das treze narrativas que compõem o livro, todas atadas ao retrato brutal, mas nem por isso alheio à poeticidade da narrativa. Dessa forma, religião e sagrado constituem em formas de ver o mundo e as manifestações culturais que o ser humano inventa e reinventa para dar sentido à sua existência, portanto, a religião oferece um sistema de símbolos e signos que orienta o modo como os humanos constituem a si mesmos, aos seus semelhantes e às devidas percepções das coisas do mundo que o cercam, de modo semelhante, a arte literária tem seu critério de ser um arquivo, registro e interpretação de imaginários sociais.","PeriodicalId":282717,"journal":{"name":"Revista Caminhos - Revista de Ciências da Religião","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Caminhos - Revista de Ciências da Religião","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18224/cam.v20i2.12499","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo investiga o sagrado na obra “O Livro dos Homens”, de Ronaldo Correia de Brito, a partir do universo simbólico que, embora criado pelo humano, compõe-se de determinadas máximas populares que fornecem sentido à existência. Destacam-se as correlações epistemológicas entre sagrado e literatura, principalmente, na perspectiva dos espaços em que os contos são narrados através do sertão, assim como a partir da cronotopia particularmente brasileira cheia de tradições, imaginários e acervos dentro da literatura brasileira. A multiplicidade de significados de “O Livro dos homens” define a natureza das treze narrativas que compõem o livro, todas atadas ao retrato brutal, mas nem por isso alheio à poeticidade da narrativa. Dessa forma, religião e sagrado constituem em formas de ver o mundo e as manifestações culturais que o ser humano inventa e reinventa para dar sentido à sua existência, portanto, a religião oferece um sistema de símbolos e signos que orienta o modo como os humanos constituem a si mesmos, aos seus semelhantes e às devidas percepções das coisas do mundo que o cercam, de modo semelhante, a arte literária tem seu critério de ser um arquivo, registro e interpretação de imaginários sociais.