{"title":"Elementos de diplomacia extraterrestre","authors":"Laurent de Sutter, Bruno Bicalho Lage Silva","doi":"10.53981/destroos.v2i1.33055","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A série de filmes Homens de preto, dirigidos por Barry Sonnenfeld, retrata uma agência cujo objetivo é evitar que a presença de extraterrestres na Terra cause problemas – sejam eles mal-entendidos ou agressões violentas. De forma cômica, eles permitem compreender o ponto fraco tanto do universalismo quanto do particularismo: não há diferença sem indiferenciação – e nem indiferenciação sem diferença. No momento em que os sonhos de igualdade e de universalidade, tal como colocados em prática, por exemplo, ao final da época romana, com a edição da Constituição Antonina, que estendeu a cidadania romana a todos os habitantes do Império, pretendem se materializar, não são os protocolos de abstração legal que devem realizar todo o trabalho, e sim os de uma verdadeira diplomacia alienígena, cujo ponto de partida consiste em nos considerar como estranhos a nós mesmos.","PeriodicalId":263118,"journal":{"name":"(Des)troços: revista de pensamento radical","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"(Des)troços: revista de pensamento radical","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53981/destroos.v2i1.33055","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A série de filmes Homens de preto, dirigidos por Barry Sonnenfeld, retrata uma agência cujo objetivo é evitar que a presença de extraterrestres na Terra cause problemas – sejam eles mal-entendidos ou agressões violentas. De forma cômica, eles permitem compreender o ponto fraco tanto do universalismo quanto do particularismo: não há diferença sem indiferenciação – e nem indiferenciação sem diferença. No momento em que os sonhos de igualdade e de universalidade, tal como colocados em prática, por exemplo, ao final da época romana, com a edição da Constituição Antonina, que estendeu a cidadania romana a todos os habitantes do Império, pretendem se materializar, não são os protocolos de abstração legal que devem realizar todo o trabalho, e sim os de uma verdadeira diplomacia alienígena, cujo ponto de partida consiste em nos considerar como estranhos a nós mesmos.