{"title":"AGROECOSSISTEMAS RIBEIRINHOS NO XINGU E O SEU PAPEL NA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE","authors":"G. E. O. Silva, F. Lucas","doi":"10.18542/ragros.v14i1.11602","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A hidrelétrica Belo Monte causou o deslocamento territorial dos ribeirinhos que habitavam as ilhas ao longo do rio Xingu. Com a interrupção dos modos de vida, passaram a lutar pela reconstrução do território. O objetivo do presente artigo foi realizar um diagnóstico dos agroecossistemas ribeirinhos na região Xingu e identificar o seu papel na conservação da biodiversidade. Realizaram-se pesquisa de campo nas comunidades com entrevistas, turnês guiadas e levantamento etnobotânico. Participaram 71 unidades familiares, das quais 42 estavam reassentadas em 10 comunidades, perfazendo a amostra da presente análise. Observou-se diversidade de campos manejados, de espécies vegetais e animais, de trabalho e de produtos em cada agroecossistema familiar. Os ribeirinhos estão plantando agrobiodiversidade, que é parte vital da biodiversidade. Identificaram-se 93 espécies de plantas alimentícias, conservadas em espaços agroflorestais. O território garantido na beira do rio é o grande precursor para a formação dos agroecossistemas.","PeriodicalId":436248,"journal":{"name":"Revista Agroecossistemas","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Agroecossistemas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18542/ragros.v14i1.11602","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A hidrelétrica Belo Monte causou o deslocamento territorial dos ribeirinhos que habitavam as ilhas ao longo do rio Xingu. Com a interrupção dos modos de vida, passaram a lutar pela reconstrução do território. O objetivo do presente artigo foi realizar um diagnóstico dos agroecossistemas ribeirinhos na região Xingu e identificar o seu papel na conservação da biodiversidade. Realizaram-se pesquisa de campo nas comunidades com entrevistas, turnês guiadas e levantamento etnobotânico. Participaram 71 unidades familiares, das quais 42 estavam reassentadas em 10 comunidades, perfazendo a amostra da presente análise. Observou-se diversidade de campos manejados, de espécies vegetais e animais, de trabalho e de produtos em cada agroecossistema familiar. Os ribeirinhos estão plantando agrobiodiversidade, que é parte vital da biodiversidade. Identificaram-se 93 espécies de plantas alimentícias, conservadas em espaços agroflorestais. O território garantido na beira do rio é o grande precursor para a formação dos agroecossistemas.