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Abstract
Este estudo atenta para imagens de convívios familiares re-apresentados no cinema argentino de ficção como inferência de uma memória pós-ditatorial. Um olhar acurado sobre o filme Leonera (Pablo Trapero, 2008) permite tanto identificar contaminações da política opressora no plano das convivências privadas quanto refletir a respeito dos efeitos deletérios que, derivados de um ordenamento impositivo alinhado não com o acolhimento, mas sim com a exclusão, ali deixam sua marca. A saturação da ordem do público no âmbito doméstico resulta em convívios familiares abortados, motivando movimentos de fuga: exílios e refúgios, trânsitos que na perspectiva – promissora? – do devir podem vir a ser ressignificados em acolhimento e libertação.