Diogo Picchioni Soares, Jéssica Carla De Souza Miolla Soares, Rafael Trevisan, Roberto Moraes Cruz, Ricelli Endrigo Ruppel da Rocha, Solange Andreoni
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Abstract
O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico de transtornos mentais (TM) e verificar associações com sistemas de remuneração em policiais civis do Estado de Santa Catarina, Brasil. O método foi epidemiológico, seccional, documental, quantitativo e descritivo. A população estudada incluiu 3794 indivíduos. O desfecho de interesse foi a ocorrência de TM em diagnóstico médico pericial de afastamento do trabalho entre 2011 e 2015. Foram calculadas prevalências e a incidência nos totais de indivíduos e de afastamentos em séries temporais, assim como regressão logística para verificar a razão de chance entre os desfechos (afastamento por TM e outros diagnósticos) e sistemas de remuneração (p0,05). A prevalência de TM foi 35,5% nos afastamentos e 11,3% no total de indivíduos. Incidência de 26,1/1000 na população média anual. TM e outros diagnósticos foram associados aos sistemas de remuneração [χ²=13,859 (p=0,000)], aumentando a prevalência de TM em 56,9% [OR=1,569 (1,236-1,992)] no sistema de remuneração por subsídio. Os TM foram a categoria mais prevalente de agravos, predominando nos casos primários os neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes (49,9%) e os de humor (44,3%). Os resultados indicam expressivas prevalências de TM e associação a sistemas de remuneração.