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Abstract
A forma como a produção e os consumos culturais se relacionam com o território tem vindo a ser crescentemente analisada e discutida no seio das várias ciências sociais, particularmente no âmbito dos debates acerca da cidade pós-industrial, pós-fordista ou pós-moderna (v., por exemplo, O’Connor e Wynne, 1996, Wynne, 1992, Scott, 1996, Fortuna, 1997, e Zukin, 1992). Sendo as actividades culturais, na sua vastidão e diversidade, algumas daquelas que maior importância têm vindo a assumir nas sociedades contemporâneas (como o mostram contributos tão diversos como Lash e Urry, 1994, Benhamou, 1996, ou CCE, 1998), afigura-se-nos simultaneamente pertinente e estimulante averiguar a sua relação com o território e com a organização do espaço. Pretende-se, assim, com este texto, reflectir em torno da crescente centralidade das actividades culturais (e especificamente, de entre estas, daquelas mais marginais, criativas e inovadoras) no campo económico e social, nomeadamente através da análise da sua base territorial, tendo em particular atenção a organização do espaço urbano-metropolitano. Procura-se articular uma visão espacializada das práticas e da produção cultural (concretamente, daquilo que mais condiciona o aparecimento da procura e da oferta das actividades culturais) com o surgimento de formas específicas fortemente