Ludimila Lopes Da Silva Marinho, Luiz Mauricio Rodrigues de Almeida, Lúcio de Souza Machado
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Abstract
Este estudo tem por objetivo analisar a relação entre a qualidade de auditoria e as práticas de tax avoidance. A amostra foi composta por 299 empresas brasileiras de capital aberto não-financeiras listadas na B3 e com dados disponíveis no ano de 2019. A qualidade da auditoria foi medida através de uma dummy para empresas auditadas, ou não, por Big4 e para medir a tax avoidance, utilizou-se a Effective Tax Rate em sua forma tradicional e com dados extraídos da Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Como método estatístico fez-se uso de regressão linear múltipla e em cross-section. Os resultados mostram que as empresas com maior qualidade de auditoria são menos agressivas tributariamente para a métrica ETR, não permitindo refutar a hipótese levantada. Neste mesmo modelo, o retorno dos ativos e a alavancagem também contribuíram significativamente mostrando que empresas menos agressivas tributariamente possuem maiores retornos de seus ativos e possuem mais uso de capital de terceiros. Por outro lado, ao analisar o modelo proposto para ETR_DVA como métrica para tax avoidance, os resultados não permitiram confirmar a hipótese, porém, para todas as variáveis de controle nota-se significância estatística, mostrando que o retorno dos ativos, a alavancagem e o tamanho da empresa contribuem para entendimento do comportamento da tax avoidance das empresas analisadas. Neste caso, é importante destacar que essa proxy de tax avoidance foi proposta para o cenário brasileiro, em que estudos ainda são incipientes e por isso, são necessárias novas investigações para confirmar os resultados encontrados a partir de seu uso.