FELICIDADE TRAZ DINHEIRO? UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA SOBRE A ECONOMIA DA FELICIDADE (Does Happiness Bring Money? A Systematic Review of the Economy of Happiness)
{"title":"FELICIDADE TRAZ DINHEIRO? UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA SOBRE A ECONOMIA DA FELICIDADE (Does Happiness Bring Money? A Systematic Review of the Economy of Happiness)","authors":"Ahmed Sameer El Khatib","doi":"10.2139/ssrn.3863730","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<b>Portuguese abstract:</b> A mais antiga referência da filosofia sobre o termo felicidade é derivada do filósofo grego Tales de Mileto (624-558 a.C.), que designa felicidade como ter um corpo saudável, uma alma com boa formação e ser um indivíduo de sorte. Já para Sócrates, a felicidade não possui uma conexão tão direta com o corpo, a maior importância é dada a estar bem com a alma, propiciado por uma conduta adequada e virtuosa. Para Kant, a felicidade está ligada com os desejos e prazeres, não constitui parte de uma investigação filosófica. Nas últimas décadas que os estudos que envolvem felicidade na Economia se estabelecem de fato como temática alternativa. A explicação para isto encontra-se no progresso material alcançado pelo mundo e pelos questionamentos de alguns economistas da validade de indicadores estritamente econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), para representar a satisfação com a vida dos cidadãos de um país. Dessa forma, o objetivo principal deste é contribuir para o corpo de conhecimento existente, consolidando as descobertas da literatura sobre Economia da Felicidade; agrupando-as em temas e subtemas principais; descrevendo os mecanismos com base nos artigos empíricos precedentes, destacando as variáveis independentes, dependentes, de controle e moderadoras, para estudar as relações causais entre as variáveis em estudo; propondo uma agenda para pesquisas futuras; e informar os legisladores sobre as decisões que influenciam o nível de felicidade humana por meio de regras e regulamentos legislativos. Nossos resultados sugerem priorizar a conceituação de felicidade enquanto computa o nível de felicidade nos níveis individual ou coletivo. Além disso, o estudo recomenda que os governos estabeleçam as condições que permitam aos indivíduos relatar a felicidade independentemente da pressão política para responder estrategicamente por números impressionantes de nível de felicidade no nível macro.<br><br><b>English abstract:</b> Philosophy's earliest reference to the term happiness is derived from the Greek philosopher Thales of Miletus (624-558 BC), who designates happiness as having a healthy body, a well-educated soul, and being a lucky individual. For Socrates, happiness does not have such a direct connection with the body, the greatest importance is given to being well with the soul, provided by an adequate and virtuous conduct. For Kant, happiness is linked with desires and pleasures, it is not part of a philosophical investigation. In recent decades, studies involving happiness in economics have in fact established themselves as an alternative theme. The explanation for this is found in the material progress achieved by the world and in the questioning of some economists about the validity of strictly economic indicators, such as the Gross Domestic Product (GDP), to represent the satisfaction with life of the citizens of a country. In this way, its main objective is to contribute to the existing body of knowledge, consolidating the findings of the literature on the Economy of Happiness; grouping them into main themes and sub-themes; describing the mechanisms based on previous empirical articles, highlighting the independent, dependent, control and moderating variables, to study the causal relationships between the variables under study; proposing an agenda for future research; and inform policymakers about decisions that influence the level of human happiness through legislative rules and regulations. Our results suggest prioritizing the conceptualization of happiness while computing the level of happiness at individual or collective levels. Furthermore, the study recommends that governments establish the conditions that allow individuals to report happiness regardless of political pressure to respond strategically for impressive numbers of level of happiness at the macro level.","PeriodicalId":226815,"journal":{"name":"Philosophy & Methodology of Economics eJournal","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Philosophy & Methodology of Economics eJournal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.2139/ssrn.3863730","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Portuguese abstract: A mais antiga referência da filosofia sobre o termo felicidade é derivada do filósofo grego Tales de Mileto (624-558 a.C.), que designa felicidade como ter um corpo saudável, uma alma com boa formação e ser um indivíduo de sorte. Já para Sócrates, a felicidade não possui uma conexão tão direta com o corpo, a maior importância é dada a estar bem com a alma, propiciado por uma conduta adequada e virtuosa. Para Kant, a felicidade está ligada com os desejos e prazeres, não constitui parte de uma investigação filosófica. Nas últimas décadas que os estudos que envolvem felicidade na Economia se estabelecem de fato como temática alternativa. A explicação para isto encontra-se no progresso material alcançado pelo mundo e pelos questionamentos de alguns economistas da validade de indicadores estritamente econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), para representar a satisfação com a vida dos cidadãos de um país. Dessa forma, o objetivo principal deste é contribuir para o corpo de conhecimento existente, consolidando as descobertas da literatura sobre Economia da Felicidade; agrupando-as em temas e subtemas principais; descrevendo os mecanismos com base nos artigos empíricos precedentes, destacando as variáveis independentes, dependentes, de controle e moderadoras, para estudar as relações causais entre as variáveis em estudo; propondo uma agenda para pesquisas futuras; e informar os legisladores sobre as decisões que influenciam o nível de felicidade humana por meio de regras e regulamentos legislativos. Nossos resultados sugerem priorizar a conceituação de felicidade enquanto computa o nível de felicidade nos níveis individual ou coletivo. Além disso, o estudo recomenda que os governos estabeleçam as condições que permitam aos indivíduos relatar a felicidade independentemente da pressão política para responder estrategicamente por números impressionantes de nível de felicidade no nível macro.
English abstract: Philosophy's earliest reference to the term happiness is derived from the Greek philosopher Thales of Miletus (624-558 BC), who designates happiness as having a healthy body, a well-educated soul, and being a lucky individual. For Socrates, happiness does not have such a direct connection with the body, the greatest importance is given to being well with the soul, provided by an adequate and virtuous conduct. For Kant, happiness is linked with desires and pleasures, it is not part of a philosophical investigation. In recent decades, studies involving happiness in economics have in fact established themselves as an alternative theme. The explanation for this is found in the material progress achieved by the world and in the questioning of some economists about the validity of strictly economic indicators, such as the Gross Domestic Product (GDP), to represent the satisfaction with life of the citizens of a country. In this way, its main objective is to contribute to the existing body of knowledge, consolidating the findings of the literature on the Economy of Happiness; grouping them into main themes and sub-themes; describing the mechanisms based on previous empirical articles, highlighting the independent, dependent, control and moderating variables, to study the causal relationships between the variables under study; proposing an agenda for future research; and inform policymakers about decisions that influence the level of human happiness through legislative rules and regulations. Our results suggest prioritizing the conceptualization of happiness while computing the level of happiness at individual or collective levels. Furthermore, the study recommends that governments establish the conditions that allow individuals to report happiness regardless of political pressure to respond strategically for impressive numbers of level of happiness at the macro level.