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Abstract
O Evangelho de Marcos é o escrito mais antigo dos quatro Evangelhos canônicos e seu grego é dos mais “pobres” entre eles. Isso não significa que seja de fácil entendimento e interpretação. Pelo contrário, há termos que são realmente difíceis. Se não bastasse a dificuldade da própria língua, ainda temos a presença de vários hápax legómena ao longo do Evangelho, gerando ainda mais dificuldades, como é o caso da perícope Mc 4,10-12. Com maior razão, isso acontece quando nos deparamos com algumas duras sentenças que precisam ser mais examinadas para serem melhor compreendidas. As sentenças que temos na perícope Mc 4,10-12 são introduzidas pelas conjunções ἵνα (“a fim de que”) e μήποτε (“para que não”), em 4,12, que, gramaticalmente falando, são subordinativas finais. Ademais, a perícope Mc 4,10-12 conta com a presença de uma base veterotestamentária que foi usada com certa liberdade na forma de citação ou alusão, que é o texto de Is 6,9-10, como trabalhamos no artigo. Com tudo isso, esta perícope pede nós um estudo mais atento, como aqui nos propomos. Oferecemos nova tradução, pautada na crítica textual, delimitação do texto, exame veterotestamentário e, enfim, uma análise exegética, para termos uma melhor compreensão da perícope em si.