{"title":"Emigração de médicos brasileiros para os Estados Unidos da América","authors":"N. V. Y. V. P. D. Mota, Helena Ribeiro","doi":"10.1590/S0104-12902019181027","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo aborda a mobilidade de médicos pelo mundo a partir de levantamento bibliográfico em base de dados e identifica a escassez de informações referentes aos médicos brasileiros. O objetivo é analisar aspectos que determinam a emigração de médicos brasileiros para os EUA. A metodologia baseia-se em pesquisa bibliográfica, utilizando as palavras-chave “brain drain”, “medical migration”, “physicians migration”, “data migration physicians”; identificação de artigos relacionados à emigração de médicos pelo mundo; elaboração e validação do questionário “Motivos de Emigração”; identificação de médicos que emigraram utilizando a técnica “bola de neve” ; envio do questionário por e-mail aos médicos que emigraram para os EUA; tabulação das respostas encaminhadas; realização de entrevistas por Skype com a finalidade de corroborar e exemplificar os resultados obtidos nos questionários. Inicialmente, os médicos escolhem emigrar por motivos pessoais (família, oportunidades profissionais e, em geral, facilidade do idioma); ao se estabelecerem nos EUA vivenciam uma nova forma de vida, o que os faz permanecer (melhores condições de trabalho, qualidade de vida, família e oportunidades em geral); as causas do não retorno ao Brasil passam a ter motivos externos (insegurança, cenários profissional, político e econômico). Conclui-se que existe um processo emigratório de médicos brasileiros para os EUA e, a princípio, a motivação de emigrar não é bem determinada; o salário não é citado como questão primordial; a presença da família facilita a permanência no país; a fluência na língua inglesa é fundamental; e é necessário recomeçar a vida profissional como um recém-formado em medicina, pois não existe processo de validação de diploma ou de especialidades.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"353 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Saúde e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/S0104-12902019181027","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo aborda a mobilidade de médicos pelo mundo a partir de levantamento bibliográfico em base de dados e identifica a escassez de informações referentes aos médicos brasileiros. O objetivo é analisar aspectos que determinam a emigração de médicos brasileiros para os EUA. A metodologia baseia-se em pesquisa bibliográfica, utilizando as palavras-chave “brain drain”, “medical migration”, “physicians migration”, “data migration physicians”; identificação de artigos relacionados à emigração de médicos pelo mundo; elaboração e validação do questionário “Motivos de Emigração”; identificação de médicos que emigraram utilizando a técnica “bola de neve” ; envio do questionário por e-mail aos médicos que emigraram para os EUA; tabulação das respostas encaminhadas; realização de entrevistas por Skype com a finalidade de corroborar e exemplificar os resultados obtidos nos questionários. Inicialmente, os médicos escolhem emigrar por motivos pessoais (família, oportunidades profissionais e, em geral, facilidade do idioma); ao se estabelecerem nos EUA vivenciam uma nova forma de vida, o que os faz permanecer (melhores condições de trabalho, qualidade de vida, família e oportunidades em geral); as causas do não retorno ao Brasil passam a ter motivos externos (insegurança, cenários profissional, político e econômico). Conclui-se que existe um processo emigratório de médicos brasileiros para os EUA e, a princípio, a motivação de emigrar não é bem determinada; o salário não é citado como questão primordial; a presença da família facilita a permanência no país; a fluência na língua inglesa é fundamental; e é necessário recomeçar a vida profissional como um recém-formado em medicina, pois não existe processo de validação de diploma ou de especialidades.