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Abstract
O presente artigo analisa as disputas de memória envolvendo um caso criminal na cidade de Vitória-ES, ocorrido em 1973. Os julgamentos ocorreram nas décadas de 1980 e 1990, mas o crime continua sendo utilizado como objeto de discussão na capital capixaba. Essa disputa ocorre a partir da insatisfação de agentes políticos e da sociedade contra uma decisão judicial/oficial do passado. A partir do referencial da História Pública, o texto propõe demonstrar a importância dos arquivos para o debate acerca dos usos do passado. O objetivo deste artigo é demonstrar que o crime, ocorrido contra uma menina de oito anos de idade, é utilizado na atualidade como um símbolo para a elaboração de leis de combate aos maus tratos infantis; criação de monumentos e tentativas de nomeação de rua em memória da vítima. Para isso utilizarei os pedidos de indicação; os requerimentos e os projetos de lei da Câmara Municipal de Vitória e a Lei Federal nº 9970, de 17 de maio de 2000, como documentos que indicam a criação de um símbolo utilizado para disputar uma memória de um passado recente.