Maria Cristina Ferreira Dos Santos, S. L. Bazzanella, Eloi Giovane Muchalovski, A. Tomporoski, Juliana Maciel
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Abstract
O presente artigo tem por objetivo abordar a Guerra do Contestado na perspectiva de manifestação máxima da violência perpetrada pelo Estado brasileiro, a serviço de interesses empresariais e de coronéis locais e regionais. Demonstra-se que a violência, em suas múltiplas formas, atua também no aniquilamento da memória, das práticas, das vivências e da visão de mundo dos vencidos. Para o vencedor, configura-se como um mecanismo a legitimar a brutalidade de sua ação pela desqualificação do outro, daquele que foi violentado das mais diversas formas, seja por meio físico, simbólico ou discursivo. Nessa perspectiva de análise, propõem-se refletir sobre a violência discursiva presente na obra O Jagunço, na qual invisibiliza-se o protagonismo das mulheres no Movimento do Contestado. Conclui-se que a resistência dos vencidos por meio da preservação de sua memória, e sobretudo a reflexão e o debate em torno de sua visão de mundo, é socialmente legítima, urgente e necessária diante da perpetuação simbólica da guerra por meios literários.