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Abstract
As relações entre transferência e feminino na psicanálise surgem a partir da descoberta da transferência, em que, no caso Dora, a presença do feminino não se dá somente por se tratar de uma mulher, mas pelos tropeços no manejo do caso, que fizeram com que Freud postulasse a transferência justamente naquilo que o método falhara, revelando a dimensão erótica presente em todo tratamento. Essa revelação é feita não apenas pelo conteúdo trabalhado por Freud nesse caso, mas pelo mistério da feminilidade, o qual se colocou à Dora e ao próprio Freud. Dedicando-se a esse primeiro momento, em que o feminino comparece no laço transferencial, este artigo investiga as respostas dadas, de Freud a Lacan, ao feminino que se coloca como uma constante interrogação aos limites do significante fálico e, sem dele se apartar, revela uma posição não-toda fálica que pode contribuir com o manejo da transferência.