Camila Souza de Andrade, M. O. Costa, Mona Lisa Cordeiro Asselta da Silva, C. Barreto
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Abstract
A violência representa um desafio para a saúde pública mundial, considerando as nefastas consequências psicossociais e comportamentais. Objetivo: analisar crianças e adolescentes, vitimas de violência física\VF e sexual|VS, atendidas no Sistema Único de Saúde\SUS. Metodologia: Estudo série de casos, utilizando registros do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes/VIVA\Salvador/BA, no período 2009 a 2015. Resultados: Foram notificados 5610 casos, 84,3% (4727) VF e 15,7% (883) VS. Para VF, 64,3% das vítimas masculinas e 83,1% femininas, 55,2% - infância e 44,8% - adolescência; Predominou entre pardos e pretos (VF - 92,6%) e (VS - 89,8%). Agressor masculino foi maioria, pessoas conhecidas (29,1% - VF e 44,1% - VS) e familiares (26,7% - VF e 27,2% - VS); força corporal foi mais utilizada; corte/perfuração/laceração foram mais frequentes, em crânio, face e pescoço; 3,5% das crianças e 3,8% dos adolescentes atendidos evoluíram para óbito. Conclusões: Os achados apontaram alta proporção de atendimentos de crianças e adolescentes por violência física e sexual, na Rede de Saúde do SUS, sugerindo que o VIVA representa importante ferramenta de serviço e controle social, cujos indicadores podem contribuir com medidas de atenção para esses agravos.