{"title":"O Conceito de Coletivo no Campo da Saúde","authors":"Roberto Henrique Amorim de Medeiros, L. Guarnieri","doi":"10.5020/23590777.rs.v22i2.e9184","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente estudo discute os conceitos de coletivo em jogo na constituição da saúde coletiva como prática e disciplina no campo da saúde. Para tanto, é feito um levantamento bibliográfico inicial de produções da área e, em um segundo momento, procuradas referências em autores como Hannah Arendt, Deleuze e Guatarri, Norbert Elias e Canguilhem. A partir desses questionamentos, são abordadas as disputas internas e as relações entre saúde pública e saúde coletiva, bem como as possibilidades de verdadeiras mudanças nas práticas de saúde, visando-se um distanciamento do modelo medicalizante baseado nas noções tradicionais de público, população e grupo como multiplicidade de individualidades. Em oposição a esse, e a partir de um diálogo com a psicanálise, o coletivo é retomado como um agenciamento relacional que revela o sujeito como irredutível à categoria do indivíduo. É nesse conceito de coletivo como campo estruturado de relações que a saúde coletiva encontra suporte para uma prática e uma epistemologia críticas de sua própria origem e de seu lugar no campo de saúde.","PeriodicalId":296766,"journal":{"name":"Revista Subjetividades","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Subjetividades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i2.e9184","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente estudo discute os conceitos de coletivo em jogo na constituição da saúde coletiva como prática e disciplina no campo da saúde. Para tanto, é feito um levantamento bibliográfico inicial de produções da área e, em um segundo momento, procuradas referências em autores como Hannah Arendt, Deleuze e Guatarri, Norbert Elias e Canguilhem. A partir desses questionamentos, são abordadas as disputas internas e as relações entre saúde pública e saúde coletiva, bem como as possibilidades de verdadeiras mudanças nas práticas de saúde, visando-se um distanciamento do modelo medicalizante baseado nas noções tradicionais de público, população e grupo como multiplicidade de individualidades. Em oposição a esse, e a partir de um diálogo com a psicanálise, o coletivo é retomado como um agenciamento relacional que revela o sujeito como irredutível à categoria do indivíduo. É nesse conceito de coletivo como campo estruturado de relações que a saúde coletiva encontra suporte para uma prática e uma epistemologia críticas de sua própria origem e de seu lugar no campo de saúde.