{"title":"Tempo, consciência e sucessão","authors":"Jeison Andrés Suárez-Astaiza","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.10721","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Não é o tempo uma potência que arrasta tudo presente para as profundidades da consciência? Uma força que ao mesmo tempo que reúne o curso das vivências separa o ‘eu’ de suas experiências submergindo-as na in-distinção para, finalmente, sepultá-las nessa ‘obscuridade’ da consciência que é o esquecimento? Como é possível, então, a lembrança e a memória? A seguir, abordaremos a questão da possibilidade da lembrança [Erinnerung] e da memória desde a concepção husserliana do tempo como consciência da sucessão, retomando alguns pontos dos argumentos que expõe Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento. Finalizaremos mostrando que as análises de Husserl sobre o tempo e a consciência da sucessão, além de insuficientes, derivam no que denominamos como a ‘aporia do presente estratificado’. ","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Limiar","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10721","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Não é o tempo uma potência que arrasta tudo presente para as profundidades da consciência? Uma força que ao mesmo tempo que reúne o curso das vivências separa o ‘eu’ de suas experiências submergindo-as na in-distinção para, finalmente, sepultá-las nessa ‘obscuridade’ da consciência que é o esquecimento? Como é possível, então, a lembrança e a memória? A seguir, abordaremos a questão da possibilidade da lembrança [Erinnerung] e da memória desde a concepção husserliana do tempo como consciência da sucessão, retomando alguns pontos dos argumentos que expõe Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento. Finalizaremos mostrando que as análises de Husserl sobre o tempo e a consciência da sucessão, além de insuficientes, derivam no que denominamos como a ‘aporia do presente estratificado’.