Isabor Locatelli Fernandes da Cunha, Isadora Coelho Guimarães, Bárbara Fontinele Castro de Araújo, Mariana do Prado Borges, Itamar Gonçalves Magalhães, L. Monteiro
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Abstract
OBJETIVOS: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes e as terapêuticas aplicadas em traumas por ferroadas de arraias em Palmas, estado de Tocantins, Brasil, de 2018 a 2019. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo e quantitativo com dados de 189 prontuários eletrônicos de pacientes atendidos por médicos nas Unidades de Pronto Atendimento de Palmas. Foram investigadas variáveis sociodemográficas e clínicas. A análise dos dados foi realizada no programa Stata 11, e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo masculino (75,66%), faixa etária entre 21 e 50 anos (69,31%) e raça/cor de pele parda (48,15%). Os acidentes ocorreram predominantemente nos meses de junho a setembro (46,56%) e em moradores do Plano Diretor Sul (22,75%). A procura por atendimento em até 24 h ocorreu em 61,91% dos casos. Houve domínio de sinais e sintomas locais (91,53%) e classificação de risco amarela (61,38%) pelo Protocolo de Manchester. Apresentaram complicações 17,46% dos pacientes, e 7,41% geraram encaminhamentos. As terapêuticas mais empregadas foram os analgésicos locais e sistêmicos, incluindo opioides (61,90%), anti-inflamatórios (61,38%) e antibióticos (59,26%). CONCLUSÃO: A maioria dos acidentes causados por arraias ocorrereu no período de estiagem. A predominância de casos em moradores do Plano Diretor Sul coincide com a maior disponibilidade de praias e banhos nessa região. Esses dados reportam a necessidade de educação em saúde para banhistas, pescadores e populações expostas, bem como a necessidade de protocolos específicos e profissionais treinados para o manejo dessa condição nos serviços de saúde.