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Abstract
Sertão constituiu uma classe da localização geográfica desde que Pedro Álvares Cabral e suas caravelas estiveram na Terra de Vera Cruz, em meados do século XVI. Já nesse tempo houve o registro desse espaço através da carta do escriba da frota cabralina. Talvez por isto, os estudos sobre os sertões brasileiros, continuaram a usar, hegemonicamente, a escrita masculina como fonte de pesquisa. Assim sendo, este trabalho pretendeu fazer um giro contrário e mostrar a poética dos sertões brasileiros através da literatura escrita por mulheres. Foram analisadas poesias de autoras consideradas representantes do sertão de dentro e dos sertões de fora, cuja poesia foi publicada em diferentes suportes: livro e em fanzine. A análise seguiu as diretrizes propostas por Vernaide Wanderley e Eugênia Meneses. A escrita do trabalho seguiu um modelo de carta, tendo por destinatária a poeta Cora Coralina. Através dessa correspondência epistolar mostrou-se as nuances dos diferentes sertões que, ora é um lugar de poder, ora um entre-lugar, ora é um “self”, ora constitui os quatro elementos, bem como pode ser representado por cheiros, sabores e odores. Portanto, os sertões são polissêmicos, indo além de um espaço e um lugar de memórias e afetos.