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Abstract
A Teoria da Dependência (TD) surgiu em meados da década de 1960, em parte como uma reação ao aparente fracasso da análise e das propostas dos desenvolvimentistas e em grande medida como tentativa de explicar as novas características do desenvolvimento socioeconômico da região. Os teóricos da dependência argumentavam que a estratégia de industrialização baseada na substituição das importações era incapaz de produzir efeitos de ruptura com o subdesenvolvimento, pois o mesmo seria antes de tudo uma consequência e parte do processo de expansão mundial do capitalismo. O artigo tem como objetivo central retomar a teoria da dependência enquanto aporte teórico robusto que colabora na interpretação contemporânea das sociedades latino-americanas e se propõe a estabelecer pontos de uma agenda de pesquisa centrada na atualidade e atualização deste aporte teórico. Inicialmente abordam-se os elementos históricos e categoriais sobre e da teoria da dependência; posteriormente, trata da relação entre a teoria da dependência marxista e sua interpretação do contexto latino-americano, buscando compreender as condições de manutenção e renovação da dependência latino-americana; por fim, propomos uma agenda de pesquisas e trabalhos, o que se mostra tanto profícuo, quanto necessário na presente conjuntura de instabilidade e de retrocessos sociais manifestos no Brasil e na América Latina.