{"title":"DESAPARECIDOS DURANTE DITADURA MILITAR NO BRASIL NO ROMANCE K. RELATOS DE UMA BUSCA, BERNARDO KUCINSKI","authors":"Maria Alice Amorim Flor, Eli Lopes da Silva","doi":"10.47180/omij.v4i1.194","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho objetiva analisar rastros interdiscursivos dos desaparecidos pela Ditadura Militar (1964-19850), no romance K. Relatos de uma busca, de Bernardo Kuncisnki, analisando figuras, temas relacionados à censura e repressão infligidas contra opositores do regime autoritário, dissimulação e silenciamento em relação aos presos políticos e as estratégias usadas para promover o apagamento dos desaparecidos. A obra, publicada inicialmente, em 2011, é baseada em fatos, tem como tema a busca, a angústia e o desespero de um pai (personagem K) por sua filha (personagem Ana) desaparecida durante a ditadura militar no Brasil. Trata-se de pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, efetivada por abordagem que compreende elementos de semântica discursiva, de Maingueneau e Fiorin, na análise de figuras e temas, apoiando-se também na hermenêutica de Ricoeur. A trama deixa entrever rastros interdiscursivos que trazem à tona um cenário de crimes contra cidadãos brasileiros, que foram vítimas de censuras, detenções ilegais e clandestinas, torturas, mortes e tentativas de apagamento da memória dos fatos ocorridos. A busca em vão pela filha e o sofrimento de K. lança luz sobre a extensão do alcance dos crimes cometidos pelo Estado brasileiro, na medida em que as consequências dos danos se estenderam para familiares e sociedade brasileira até os dias de hoje, comprometendo a memória e a compreensão da história do país.","PeriodicalId":153755,"journal":{"name":"Open Minds International Journal","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Open Minds International Journal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47180/omij.v4i1.194","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho objetiva analisar rastros interdiscursivos dos desaparecidos pela Ditadura Militar (1964-19850), no romance K. Relatos de uma busca, de Bernardo Kuncisnki, analisando figuras, temas relacionados à censura e repressão infligidas contra opositores do regime autoritário, dissimulação e silenciamento em relação aos presos políticos e as estratégias usadas para promover o apagamento dos desaparecidos. A obra, publicada inicialmente, em 2011, é baseada em fatos, tem como tema a busca, a angústia e o desespero de um pai (personagem K) por sua filha (personagem Ana) desaparecida durante a ditadura militar no Brasil. Trata-se de pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, efetivada por abordagem que compreende elementos de semântica discursiva, de Maingueneau e Fiorin, na análise de figuras e temas, apoiando-se também na hermenêutica de Ricoeur. A trama deixa entrever rastros interdiscursivos que trazem à tona um cenário de crimes contra cidadãos brasileiros, que foram vítimas de censuras, detenções ilegais e clandestinas, torturas, mortes e tentativas de apagamento da memória dos fatos ocorridos. A busca em vão pela filha e o sofrimento de K. lança luz sobre a extensão do alcance dos crimes cometidos pelo Estado brasileiro, na medida em que as consequências dos danos se estenderam para familiares e sociedade brasileira até os dias de hoje, comprometendo a memória e a compreensão da história do país.