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Abstract
Desde 1824, o Cortejo do Dois de Julho é realizado anualmente em Salvador como comemoração do processo que culminou na Independência do Brasil na Bahia, em 1823. A organização desta festa está profundamente ancorada no caráter sociocultural e histórico que constrói a identidade política local e regional dos baianos. Neste artigo, o enfoque empírico no Cortejo nos permite demonstrar como o diálogo entre a História Cultural e o campo dos Estudos Organizacionais pode ser significativo para analisar manifestações que, em sua complexidade cultural, exigem dos pesquisadores e gestores culturais uma reflexão alternativa às abordagens normativas tradicionalmente mobilizadas pelo campo da administração, tanto em relação às organizações não formais e institucionalizadas, quanto em abordagens metodológicas que utilizam a história apenas de forma funcionalista e/ou acessória.