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Abstract
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma doença neurológica e possui seu diagnóstico na infância. Os sintomas variam de acordo com o desenvolvimento motor e cognitivo, linguagem não ou pouco desenvolvida e padrões de comportamentos repetitivos. Apesar de não ser considerada degenerativa, não há cura. No entanto, existem diversos tipos de tratamento que podem trazer efeitos positivos e reduzir os efeitos negativos desse transtorno, como o exercício físico. Nas últimas décadas, os potenciais benéficos do exercício físico para essa população têm sido muito investigados. Dessa forma, o problema da pesquisa foi definido como: será que existe alguma metodologia que atenda de forma mais adequada às necessidades dessa população? Diante dessa preocupação, este estudo de revisão de literatura teve como objetivo categorizar os trabalhos que associam o TEA com a Educação Física e/ou esporte nos quesitos: Objetivos ou foco das pesquisas; Conhecimentos produzidos; Projeção de novos estudos. Como resultados da pesquisa, encontramos cinco categorias, sendo elas: 1) Aptidão física e habilidades motoras, 9 artigos estudados; 2) Melhorias em comportamentos estereotipados e sociais com 6 artigos; 3) Empenho acadêmico e 4) Qualidade de vida e estresse, encontramos 2 artigos cada; e 5) Desempenho cognitivo, apresentando 1 artigo. Os artigos mostram que um programa regular de exercício físico é capaz de promover ao indivíduo com autismo efeitos positivos, como redução do comportamento estereotipado e repetitivo, melhora no comportamento social, aprimoramento da capacidade física, motora e cognitiva, aumento do empenho acadêmico, diminuição dos níveis de estresse, atenuação do grau de autismo e melhorias na qualidade de vida. Além disso, os efeitos da prática de exercício físico, com uma metodologia adequada, são gradativos e mais duradouros, mesmo que fiquem sem treinamento durante algum período.