Epistemologia é nóiz por nóiz:

Késia dos Anjos Rocha, Érika Cecília Soares Oliveira, Maria Laura Medeiros Bleinroth
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Abstract

Este ensaio parte da ideia de que devemos produzir exercícios de contracolonização a fim de que possamos habitar mais confortavelmente nossas práticas de produção de conhecimento dentro da universidade. Partindo da compreensão de que é necessário que o conhecimento se alimente da vida, trabalharemos aqui com o pensamento de Nego Bispo que afirma a importância da produção de saberes que sejam orgânicos em contraponto aos saberes sintéticos, aqueles que são trazidos do exterior, sem que sejam experenciados por quem deles deveria se servir. Nossa proposta é ampliar as gramáticas que definem o que são as epistemologias, descascando a pele deste conceito a fim de contemplar sua porosidade e sua abertura para projetos epistêmicos feministas. Neles, o resgate da memória e de nossas ancestralidades figuram como possibilidades de reencantar nossas pesquisas e denunciar o modo como programas normativos de ciência masculinista e colonial tentam apagar os rastros que deixamos pelo mundo. Finalizamos trazendo as inscrições de uma pesquisa com mulheres-anciãs-bordadeiras, contemplando os bordados que suas palavras desenharam em nossos corpos. Assumindo que o conhecimento é autoconhecimento, caminho inacabado e labuta coletiva, concluímos o texto sentadas nos banquinhos sem encosto das memórias miudinhas plantadas em algum lugar dentro de nós por mulheres-mestras das ensinanças forjadas nas bordas.
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认识论是一个又一个的节点:
这篇文章的出发点是,我们必须进行反殖民练习,以便我们能够更舒适地居住在大学内的知识生产实践中。理论化的知识的理解,用生命点燃来我们这里的主教否认说自己生产的重要性,知道是有机合成它,你知道,那些没有被所experenciados以外,没有谁他们就应该做。我们的建议是扩大定义认识论的语法,剥离这个概念的皮肤,以思考它的多孔性和它对女性主义认识论项目的开放性。在这些作品中,对记忆和我们祖先的拯救被认为是重新吸引我们研究的可能性,并谴责男性主义和殖民主义科学的规范项目试图抹去我们在世界上留下的痕迹的方式。最后,我们带来了一项研究的题词,研究的是老年妇女刺绣,思考她们的文字在我们身上画的刺绣。假设知识是自我认识、未完成的道路和集体的努力,我们坐在没有靠背的凳子上,由边缘锻造的教导的女老师植入我们内心的某个地方,完成了文本。
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