Isabella Feitosa Pita Ulisses, Amanda Santiago Moura, A. Ferreira, S. E. D. Silva
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Abstract
Introdução: Nos últimos dois anos, a população brasileira teve que se adequar a um novo estilo de vida para evitar a transmissibilidade do SARS-CoV-2 e minimizar a alta taxa de mortalidade da COVID-19, que vitimou cerca de 642 mil brasileiros. Objetivo: Analisar a influência da pandemia no contexto da qualidade de vida dos brasileiros. Métodos: Revisão de literatura a partir da busca ativa de artigos publicados em 2020 e 2021 nas plataformas Scielo e PubMed, que abordassem a alteração no estilo de vida, hábitos saudáveis da população durante a pandemia da COVID-19. Foram utilizados 4 artigos para a presente revisão. Resultados: Os estudos mostram que houve uma mudança súbita e significativa no estilo de vida das populações em decorrência das medidas de distanciamento social, lockdown, educação on-line e home office. Foi observado redução de 18,1% da prática de atividades físicas devido ao fechamento das academias e a inacessibilidade da população à equipamentos de ginástica em praças públicas e praias. Como consequência, cerca de 52% dos brasileiros aumentaram de peso durante a pandemia. A ansiedade, o estresse e a apatia mental foram também fatores preponderantes na mudança dos hábitos saudáveis, uma vez que houve aumento de 17,6% e 34% do consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, respectivamente. Além disso, o ócio instalado durante o distanciamento social e a fragilidade emocional influenciaram o hábito alimentar saudável, devido a diminuição da ingestão de hortaliças e aumento do consumo de alimentos ultraprocessados. Ao contrário do Brasil, na Itália houve aumento de 93,7% no consumo de verduras, onde buscou-se alimentos saudáveis diante das complicações da COVID-19 na população. As atividades trabalhistas e estudantis foram reestruturadas para a forma remota, o que aumentou, principalmente entre adultos jovens, o tempo diante de computadores e celulares, com consequente aumento do estresse e ansiedade. Conclusão: Houve um agravo significativo na qualidade de vida da população brasileira durante a pandemia. Diante dessa evidência, faz-se necessário implantar medidas que mudem os maus hábitos adquiridos para evitar o colapso futuro de doenças crônicas.