Mariane Alves Silva, Poliana Cristina de Almeida Fonseca, Sarah Aparecida Vieira, C. A. Carvalho, Juliana Farias de Novaes, S. Franceschini
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Abstract
O excesso de peso e considerado atualmente um problema de saude publica. De acordo com dados da Pesquisa de Orcamentos Familiares- POF (2008-2009) o numero de criancas acima do peso dobrou nos ultimos anos, passando de 15% para 34,8%. O consumo alimentar esta entre as causas do excesso de peso, passivel de modificacao. De acordo com Carrazzoni (2015), os alimentos que a crianca tem contato na infância podem ser determinantes do seu estado nutricional. Avaliar a frequencia de consumo de alimentos promotores do excesso de peso por criancas menores de um ano de idade. Estudo longitudinal com 116 criancas, acompanhadas no primeiro ano de vida na Policlinica Municipal de Vicosa. No 6o e 9o mes as criancas foram atendidas, sendo feitas orientacoes nutricionais as maes e entregue folders contendo informacoes sobre alimentacao complementar e alimentos que deveriam ser evitados no primeiro ano de vida. Em outra consulta, no 12o mes de vida, foi aplicado o Questionario de Frequencia Alimentar (QFA), a fim de se verificar o consumo dos alimentos promotores do excesso de peso pelas criancas. A frequencia de consumo foi categorizada em pelo menos uma vez na semana, quinzenalmente, raramente/nunca. Foram aferidos o peso e o comprimento, e calculado o IMC. Para avaliar associacao do escore-z de IMC com a frequencia de consumo alimentar foi realizado o teste Kruskal-Wallis . As analises estatisticas foram realizadas no software Stata 10.0, com nivel de significância de 5%. Todas as maes relataram o consumo de pelo menos um alimento promotor do excesso de peso pelas criancas. O maior consumo foi de Danoninho (54,8%), pelo menos uma vez na semana. Destaca-se que, 72,8% das maes relataram que seus filhos nunca consumiram achocolatado e 53,1% das criancas nunca beberam refrigerante. Resultados satisfatorios foram observados para o consumo de biscoito recheado, chocolate e salgadinho, no qual 84,2%, 96,4% e 79,5% referiram raramente ou nunca terem consumido esses alimentos, respectivamente. Maiores valores de IMC se associaram positivamente com a ingestao de Danoninho em pelo menos uma vez na semana (p=0,018). Evidencia-se a importância de orientacoes nutricionais com apresentacao de materiais educativos, uma vez que o consumo de alimentos promotores da obesidade foi inferior a outros estudos nacionais. Alem disso, destaca-se que a maior parte das criancas nao consumiam alimentos industrializados. Nesse contexto, o acesso das maes a informacao e fundamental na tomada de decisoes sobre os alimentos que devem ou nao ser ofertados a crianca.