Rutineia Macário de Farias, Ivanderson Pereira da Silva
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Abstract
Este estudo consistiu numa pesquisa que envolveu análises bibliográficas e documentais com vistas à compreensão do papel da mídia de massa na forja das consciências do que é ser “criminoso” numa sociedade racista, machista e economicamente elitista. Para isso, partimos da premissa de que vivemos numa sociedade cujo modo de produção foi erguido e estruturado sobre os pilares do machismo e do racismo. Dentre os modos sofisticados com os quais o racismo e o machismo avançam, destacamos aqui a forma como os discursos que os veículos de mídia de massa utilizam, criam a imagem do/a criminoso/a. A partir das análises de referenciais decoloniais, afrocentrados, emergentes do feminismo negro, bem como de matérias jornalísticas e documentos oficiais acerca do hiperencarceramento, da violência perpetrada pela mão armada do Estado, e da tortura policial, constatou-se que o discurso sobre o/a criminoso/a, é uma falacia que está a serviço tão somente dos interesses daqueles/as que estão no poder e que gozam dos privilégios da norma de gênero, raça e classe vigente.